Sempre

Mesmo que tua célebre memória

Esqueça no decorrer do tempo inerte

Uma noite de amor.

Mesmo que o teu passado

Sem histórias certas

Um dia te cobre algum fato de amor.

Mesmo que nos teus dias vazios

Procures algo confortador que vivestes,

Que mereça ser rememorado

E não encontres.

Mesmo que o teu percorrer pelo tempo

Não tenha sentido e nem vontade

Nem alguma história que seja só tua.

Mesmo que nas tuas noites frias

Sintas necessidade de um colo quente

Que a ti pertenceu, e não cativastes.

Mesmo que queiras escutar vozes de amor,

Que te sussurraram algo de mim

E que agora não consegues escutar.

Mesmo que necessites de mim,

Que me queiras novamente,

O teu orgulho ferido não me procura.

Não te preocupes,

Pois essa noite de amor

Foi também minha.

Esse fato de amor

Também a mim pertenceu.

Os teus dias vazios

Se encheram de mim.

Na tua história de amor

Também participei: ato nº 1.

Nas tuas noites frias também senti o frio da solidão.

As vozes de amor que te sussurrei

Também foram devolvidas a mim.

E a necessidade que tens de mim,

E o teu orgulho ferido

Talvez me devolvam a ti.

Só então,

Tua célebre memória

Relembrará no decorrer do tempo

Que já não é inerte

Uma verdadeira história de amor.

O teu passado

Já terá uma história certa

E um fato de amor real a contar.

Os teus dias

Já não mais vazios

Serão cheios de nós.

O teu percorrer pelo tempo

Já cheio de sentido e vontade,

Terá uma história só tua.

As tuas noites frias,

Já terão um calor ardente

Que te aquecerá.

As vozes de amor,

Falarão mais alto

E te dirão de um amor mais perfeito.

O teu orgulho ferido

Já estará tão cicatrizado

Que me amarás muito mais.

E sentirás então,

Que o meu amor

Foi teu, só teu………SEMPRE………

Fátima Cruz -24.04.77

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É proibida a reprodução total ou parcial sem a indicação do autor, de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos de autor (Lei nº 9.610/98 é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.